Ao longo do ano letivo no Instituto Federal do Pará, Campus Castanhal, ocorreram eventos de grande impacto. Dois deles se destacam pela profundidade de seus efeitos na comunidade acadêmica. O primeiro foi a greve iniciada em 3 de abril de 2024, exercendo um direito garantido pela Constituição. O segundo, de natureza trágica, ocorreu em 26 de maio, quando um veículo transportando estudantes e servidores para a Etapa Estadual dos Jogos dos Institutos Federais (JIF) 2024 colidiu contra o muro do túnel das eclusas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. O acidente resultou na morte de duas servidoras, um estudante e o motorista. Além disso, segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sespa), quatro pessoas ficaram gravemente feridas e 13 receberam alta após atendimento no Hospital Regional de Tucuruí.

Diante desses desafios, o Núcleo de Atendimento Psicopedagógico às Necessidades Educacionais (NAPNE) desempenhou um papel fundamental ao oferecer suporte educacional e emocional aos estudantes. Sua atuação buscou minimizar os impactos da paralisação, mantendo atividades formativas, prestando orientações e disponibilizando alternativas pedagógicas para evitar prejuízos no aprendizado. Entre as iniciativas promovidas estavam oficinas de LIBRAS e Braille, além de rodas de conversa com pais de alunos com necessidades específicas. Essas ações tiveram o objetivo de proporcionar acolhimento e manter a coesão da comunidade acadêmica em um período de incerteza. No entanto, a baixa adesão às atividades foi um dos principais desafios, possivelmente devido a conflitos de agenda, falta de informação ou desinteresse.

Após o acidente, o NAPNE intensificou sua atuação no acolhimento de alunos e familiares, trabalhando em conjunto com a administração do campus para estruturar um plano emergencial. A equipe ofereceu apoio psicológico imediato, garantindo um espaço de escuta qualificada para aqueles afetados pelo ocorrido. A abordagem personalizada permitiu que cada caso fosse tratado conforme suas particularidades, assegurando suporte adequado às necessidades emocionais dos envolvidos. Além disso, esse acompanhamento ajudou a identificar outras formas de auxílio necessárias tanto no contexto da greve quanto no período pós-acidente.

A atuação do NAPNE se mostrou essencial para reduzir os impactos emocionais desses acontecimentos na comunidade acadêmica. Trabalhando em parceria com a gestão do campus e as famílias, o núcleo continua a adaptar suas estratégias para garantir que todos os alunos recebam o suporte necessário, especialmente aqueles que necessitam de um acompanhamento mais específico.